Fonte: CGN
O artista de rua teria dito algumas palavras durante a sua apresentação que teriam ofendido os policiais....
A Polícia Militar se posicionou no final da tarde desta sexta-feira (14) sobre o caso, que aconteceu à tarde, envolvendo a prisão de um artista de rua no calçadão central de Cascavel.
O palhaço teria dito algumas palavras durante a sua apresentação que teriam ofendido os policiais. A equipe do Choque realizava patrulhamento rotineiro nas proximidades e realizou a prisão do palhaço.
A PM, através do Tenente Roberto Tavares, se pronunciou no final da tarde dizendo que a ação dos policiais foi correta, pois todos aqueles que se sentirem ofendido têm o direito de representar.
“Na verdade, independente se é um palhaço, se é um artista ou quem for. Qualquer um da rua que estivesse passando naquele momento ali, mesmo se não fosse alguém de serviço e alguém lhe chamasse, independente se foi de palhaço ou lhe ofendesse ou tirasse sarro, qualquer pessoa tem esse direito de representar. Então, nada mais justo que os policiais de serviço, inclusive passando ali para fornecer a segurança para quem estava ali assistindo a apresentação, e um artista, seja quem for pega o microfone e fala que quem está passando ali é um palhaço, está a serviço de outro seja lá de quem for, coisas que não são verdades, realmente ofendeu os policiais e como eu falei, qualquer um que se sentisse ofendido poderia representar, os policiais de serviço deram voz de prisão para ele. Ele resistiu quando foi entrar no camburão, como tinha um grande fluxo de pessoas ali foi pedido o apoio, inclusive eles [os policiais] pediram apoio, mas não falaram qual era a situação, por isso, chegaram outras viaturas e a própria cavalaria, que estava fazendo patrulhamento na área central, chegaram na sequência, principalmente com o objetivo de afastar a população e primeiro verificar o que estava acontecendo e, na sequência, quando viram o que havia ocorrido afastar a população para conseguir fazer o encaminhamento do rapaz que estava detido”, relatou o Tenente Tavares.
Em busca aos registros envolvendo o nome do palhaço ‘Tico Bonito’, que na verdade é Leonides Carlos Taborda Quadra, os policiais encontraram vários envolvimentos com tumultos.
“Então, ele tem algumas confusões, digamos assim, quando há aglomeração de pessoas, com eventos em área pública. Não é a primeira vez que ele faz isso, não sei se é para aparecer ou é simplesmente para querer desafiar a autoridade”, afirmou o Tenente da PM.
O caso tomou grande repercussão, pois várias pessoas assistiam a apresentação do artista quando houve a confusão e prisão do rapaz. No momento da ação da PM a população gritou frases de “opressão”.
“Independente de qual é a crítica ou qual é a opinião das pessoas. Ocorreu um crime, que foi uma ofensa aos policiais, alguns falaram ‘há, mas foi uma piada’, uma piada de muito mau gosto. Não se se foi com esse intuito ou se foi mesmo para tirar sarro ou mesmo ofender, é crime. Foi feito o que prevê a legislação e, independente de qual é a opinião, a população muitas vezes pode nem ter escutado direito o que aconteceu e falar ‘há, mas é um artista e ele tem o direito de falar o que ele quiser’. Eu acredito que se alguém passasse ali com uma criança e ele ofendesse a criança, falasse alguma coisa, acho que independente se ele é artista ou se fosse policial, o que ele falou iria responder pelos seus atos”, afirmou Tavares.
Segundo o que foi relatado pela equipe no Boletim de Ocorrências, a piada feita pelo palhaço foi ofensiva ao trabalho dos policiais, por isso ocorreu a prisão.
“[Ele disse] algo parecido como ‘Ali vêm os palhaços do Governo que só servem para cuidar das pessoas que têm dinheiro’. E isso é uma inverdade, e o que mais prova, não só o Pelotão de Choque quanto os nossos Rádio Patrulha e os segmentos da Polícia Militar aqui de Cascavel e do Estado, [que os policiais] prendem pessoas do Centro, nos Bairros, seja lá onde for. Então, foi uma ofensa e foi cumprida a lei e para nós é o que basta!”, finalizou o Tenente Roberto Tavares.
‘Tico Bonito’ foi encaminhado ao Fórum de Cascavel onde assinou o termo circunstanciado e foi liberado.
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